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Rio Innovation Week. A semana da inovação carioca.



Semana passada, participei da Rio Innovation week (RIW-22) e posso dizer que ele mudou minha forma de pensar. Mas antes um mini flash-back: Comecei no século passado fazendo animações e pequenos websites na novíssima internet. Depois, na virada do século, fui sócio de uma das primeira agências digitais do Brasil, a VSpontocom. Ai, muita água passou... e então, em 2019, voltei com tudo na cena da inovação, mentorando startups, em diversos hackatons. Incrível estar com essas mentes novas, velozes, engajadas e cheias de vitalidade. Meus Hackas foram, em sua maioria, eventos remotos, que rolaram durante toda a pandemia. Um alento para minha necesidade de criar e ajudar, mesmo sem ganhar um centavo por isso. Alguns como os da Nasa e do MIT, tiveram edições especiais focada na crise global gerada pela pandemia. Mas o RIW foi meu primeiro presencial depois desse tempo de isolamento. E isso me deu um gostinho especial.

Participei da Rio Innovation week (RIW-22) e posso dizer que ele mudou minha forma de pensar.

A estimativa é a de que o evento gere em torno de R$1 bilhão de reais em novos negócios.

O espaço não poderia ser mais carioca: o Pier Mauá, nosso boulevard olímpico, com seus galpões históricos e um cenário cinematógráfico, tendo como pano de fundo o skyline da baia de guanabara. Neste ambiente altamente instagramável, envelopado com uma cenografia de milhares de paineis de LED e letras-box de todos os tamanhos, um recheio de pura vibração, inovação e tecnologia. Hologramas, avatares em telas, projeções 3D e robôs, te catapultavam para outra dimensão. Pessoas de todos os tipos, cores, corpos, cabelos, roupas e idades ocupavam os ambientes em uma atmosfera dificil de traduzir. Além de todo o espetáculo tecnológico, mais de 700 foruns, debates e palestras se espalhavam pelos ambientes, de forma "silenciosa", por headfones. A estimativa era a de que o evento geraria algo em torno de R$1 bilhão de reais em novos negócios.

Robôs garçon, inteligência artificial para controle de multidão, robôs anfitriões, carro elétrico movido à hidrogênio, óculos de realidade aumentada, avatar recepcionista holográfico, um drone agricola enorme para pulverização, midias em 3d, sistemas caseiros de hidroponia, robôs de entrega, impressora de comida, drones, veiculos elétricos e muito mais.

Vi de tudo mesmo. Robôs garçon, inteligência artificial para controle de multidão, robôs anfitriões, carro elétrico movido à hidrogênio, óculos de realidade aumentada, avatar recepcionista holográfico, um drone agrícola enorme para pulverização, midias em 3d, sistemas caseiros de hidroponia, robôs de entrega, impressora de comida, drones, veiculos elétricos e muito mais. Quase todas também pensadas na realidade da redução do impacto humano e da emissão de carbono.


Mais de 700 foruns, paineis, debates e palestras se espalhavam por todos os ambientes, de forma "silenciosa", por headfones

Um dos pavilhões, completamente focado em startups, foi o SdP, "Sai do papel". Esse contava com dezenas de startups e um hackathon. Além de diversos palcos entremeando o evento, bombando de conteúdo e inovação. E, falando nisso, algumas startups me surpeenderam. A primeira foi a SunRent, uma empresa, baseada num sistema, que vende assinaturas de geração de energia solar compartilhada. Tudo através de parceiros que tem excedente de energia, abatendo em até 20% o valor da conta residencial. Essa Startupt já está em vias de ser selecionada para o EnergINN do MIT. Outras foram, a Bioedtech3D, que imprime alimentos. Isso mesmo, comida. A PetParker, que permite "estacionar" seu cachorro", com conforto e segurança, em locais que não são "pet-friendly. A BNB Chain, uma startup que atua com tokens BlockChain e adota aplicativos de grande escala, como o GameFi, SocialFi e o Metaverso. A TechToy automação, atuando com IoT (internet das coisas) no comércio 4.0 com terminais de venda, e auto-atendimento. E diversas outras tentando atuar em nichos muito epecíficos como anestesistas ou controle de consumo de água, e buscando seu lugar ao sol.


Já o estande da Citroën apresentava o Ami, um veículo cujas formas lembram um carrinho de brinquedo fofo, sendo um projeto sério do carro elétrico mais barato do mercado. Criado para ser esencialmente urbano, simples, compartilhável e de baixa circulação, roda na velocidade máxima de 45km/h. E seu câmbio é bem curioso: uma marcha à frente e uma ré acionados por teclas ao lado do assento do motorista. A carga total é de 3h em tomada comum e a autonomia de 70km.

O RIW22 foi incrivel para os jovens nativos digitais, e por isso levei minha filha de 15 anos. Não preciso dizer que ela foi abduzida por tanta inovação.

Uma área bem interessante foi a do Senac voltada para HealthTech. Contava com uma dezena de "bonecos", em macas hospitalares, para treinamento de diversos procedimentos médicos como partos, resuscitação, cirurgias e outras que fogem do meu conhecimento. Tinha at

é um com interação na realidade aumentada, para simulações realistas de cirurgias e exames, como ultrasonografia. O engraçado é que, no final do evento, um dos bonecos passou de maca, causando espanto e comoção... e então gargalhadas quando se percebemos que era um humano falso.




O RIW22 foi incrível para os jovens nativos digitais, e por isso levei minha filha de 15 anos. Não preciso dizer que ela foi abduzida por tanta inovação. E sumiu. Voltou com dezenas de imagens e estórias sobre batalhas de robos, foguetes, carros autônomos, campeonato de free-fire, combates em arenas de games e um convite para integrar a equipe de robótica da UFRJ, quando passar pra faculdade. Muito bacana, né?

Um ponto negativo foi a visibilidade da sinalização dos microscópicos quiosques para startups. De tão pequenos era impossível ver suas propostas e, caso alguém estivesse na frente, se tornavam invisíveis.

Um ponto negativo foi a visibilidade da sinalização dos microscópicos quiosques para startups. De tão pequenos era impossível ver suas propostas e, caso alguém estivesse na frente, se tornavam invisíveis. Essas startups menores precisariam de uma mentoria de marketing, reduzindo informação a pequenos títulos de ísca e simplificando a hierarquia da informação. Outro ponto em que não vou me aprofundar, porque participei pouco, foi com relação as palestras. Apesar de não ter ido, ouvi de muita gente que a do Spike Lee, super esperada, foi fraca, com uma mediação improvisada e de inglês ruim. Por outro lado, me falaram muito bem da palestra da Dani Susuki, elogiando a fluidez e o tema: O impacto do metaverso e da realidade aumentada nas empresas.


Vivi momentos incríveis conhecendo pessoas aleatórias, e reencontrando outras velhas conhecidas, debatendo, entre um café e uma IPA, sobre um pouco de tudo. Desde inovação, blockchain e NFTs à metaverso, games e hackatons. Conheci muita gente boa e fica a imagem do melhor: Um evento gigante que me marcou e mudou minha forma de pensar. Fui iluminado com uma visão de um universo físico que está ganhando uma camada digital ampliada, permanente e definitivamente real. Um mundo novo, com total adesão de nativos digitais. Exatamente quem está herdando o planeta..

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